O número de mortos pelo novo coronavírus no Brasil subiu para 11 na tarde desta sexta-feira (20). São nove óbitos registrados no estado de São Paulo e outros dois no Rio de Janeiro.
Segundo os números divulgados pela Secretaria da Saúde de São Paulo, são 345 casos confirmados da COVID-19. Foram quatro óbitos nesta sexta, sendo três homens (70, 80 e 93 anos) e uma mulher (83 anos). São 9.023 casos suspeitos no estado.
O Ministério da Saúde confirmou os números da secretaria paulista e elevou também em sua estastística oficial o número de mortos para 11. Além disso, a pasta informou que já são 904 casos confirmados da doença no país.
Em coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), afirmou que o sistema de saúde irá entrar em colapso no final de abril e que a situação crítica vai até agosto, devido à pandemia do novo coronavírus.
"Nós temos um tempo para ganhar, mas, claramente, em final de abril o nosso sistema de saúde entra em colapso. O que é o colapso? É quando você pode ter o dinheiro, o plano de saúde, a ordem judicial, mas simplesmente não há o sistema para você entrar. É o que a Itália está vivenciando atualmente. Não tem onde entrar", alertou.
Medidas de restrição
O ministro afirmou que tem expectativas de que medidas de restrição, como as adotadas em diversas regiões do país, podem "quebrar" a cadeia de contágio do vírus.
"[Para] evitar esse colapso, eventualmente, pode ser necessário segurar a movimentação para ver se consegue diminuir a transmissão. Quando a gente toma uma medida de segurar 14 dias, por exemplo, o impacto só é sentido 28 dias depois, porque a cadeia de transmissão é sustentada e ela quebra", disse o ministro.
Essas medidas tem sido palco para críticas trocadas entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores de estado. Em transmissão ao vivo na quinta (19), Bolsonaro afirmou que as restrições adotadas são excessivas e podem provocar danos à economia brasileira.
"Algumas autoridades estaduais estão tomando medidas. Tem gente que critica, tem elogio também, mas eu deixo claro remédio quando é excessivo pode fazer mal ao paciente. Uns querem fechar supermercado, outros querem fechar aeroporto, outros querem impor barreira na entrada dos estados. A economia tem que funcionar, porque caso contrário as pessoas vão ficar em casa e não vão ter o que se alimentar", disse o presidente.
Segundo o governadro de São Paulo, João Doria (PSDB), ele e os outros governadores estão fazendo "aquilo que ele não faz". “Nós estamos nos reunindo com as autoridades e tomando as atitudes necessárias. Nós estamos fazendo o que ele deveria fazer como líder do país, mas não faz”, afirmou.
Fonte: CNN