O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta segunda-feira (16) em Brasília um pacote de R$ 147,3 bilhões em medidas emergenciais contra os impactos econômicos do novo coronavírus (COVID-19). Entre elas estão a antecipação da segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para maio, a antecipação do abono salarial para junho e a transferência de recursos não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, de forma a permitir nova liberação de saques.
"É um esforço inicial, apesar da magnitude. Vocês vão ter que se acostumar, porque estamos monitorando e a cada 48 horas podem surgir novas medidas", afirmou Guedes.
Após reunir-se com Jair Bolsonaro, nesta tarde, Guedes disse que o presidente manifestou duas preocupações principais: com os idosos e os mais vulneráveis naa crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o ministro, "saúde e mercado de trabalho" foram os pilares que nortearam as medidas anunciadas.
Do total de recursos, R$ 83,4 bilhões serão voltados à população considerada mais frágil, sobretudo idosos e mais pobres. Dentro desse valor, e entre as novas medidas, R$ 23 bilhões se referem à antecipação da segunda parcela do 13º de aposentados e pensionistas do INSS para maio; R$ 21,5 bilhões em valores não sacados do PIS/Pasep transferidos para o FGTS para permitir novos saques; R$ 12,8 bilhões liberados em antecipação do abono salarial para junho e R$ 3,1 bilhões destinados como reforço ao Bolsa Família.
Outra medida, anunciada na semana passada, foi a antecipação de R$ 23 bilhões da 13ª parcela de aposentados e pensionistas do INSS para abril.
Em coletiva de imprensa, Guedes reforçou que o país não pode se entregar à "psicologia de pânico e derrotismo". "Quando estávamos começando a decolar veio esse vento contra (do coronavírus). Se nós tivermos a atitude correta, trabalhar em vez de reclamar (...), a capacidade de resposta é maior."