Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (16) em São Paulo, o governador do estado, João Doria (PSDB), afirmou que a partir desta terça-feira (17) haverá uma redução sensível na utilização do sistema de transporte público da Grande São Paulo, devido às medidas para a contenção do novo coronavírus (COVID-19).
"Dada essa redução que haverá, nós vamos analisar se ela é suficiente ou não para manter seguros os terminais de embarque e desembarque e a utilização do transporte coletivo. Se necessário, revaliaremos essa posição", diz.
Segundo o infectologista David Uip, e coordenador do Centro de Contingenciamento do Novo Coronavírus em São Paulo, ainda não é possível prever quando as medidas de restrição serão afrouxadas.
“Nós entendemos que a epidemia dure de quatro a cinco meses, o que não quer dizer que as medidas restritivas necessariamente durarão esse tempo. A decisão vai ser feita pelo consenso desse grupo de pesquisadores e cientistas junto com o secretário do estado e governador. Então hoje não tem data. As pessoas perguntam: 'mas vai ficar sem escola um mês, dois, três, quatro meses?' Vai ficar o quanto for necessário para contermos a epidemia”, afirmou.
O governo também anunciou que até a próxima segunda-feira (23) todas as escolas estaduais estarão sem funcionar, e que o prazo de uma semana servirá para as famílias se organizarem. Mesmo para escolas particulares e universidades públicas e privadas, a recomendação é fechar as portas.
Uma das principais medidas detalhadas foi para os servidores estaduais com mais de 60 anos que, a partir de amanhã, passam a trabalhar de casa. “Isso deixa de fora profissionais da saúde, segurança pública, áreas essenciais como administração penitenciária e Sabesp”, disse Doria.
O secretário estadual de Saúde, José Henrique German, informou que o programa Mulheres de Peito, em que carretas circulam pelo estado para a realização de exames de mamografia, também será suspenso temporariamente para evitar a formação de filas e aglomerações.
FONTE: CNN BRASIL