O goleiro Jean decidiu abrir o jogo sobre acusação de agredir a esposa, Milena Bemfica, durante as férias nos Estados Unidos. O atleta foi apresentado como reforço pelo Atlético-GO, nesta quinta-feira (13).
Na coletiva de imprensa, o jogador contou que ainda não havia se pronunciado porque estava “impossibilitado pela Justiça Americana”. O episódio ocorreu em Orlando, na Florida, na madrugada do dia 18 de dezembro de 2019.
“Peço desculpa a todas as mulheres que se sentiram ofendidas e a todos em geral. Não sou esse monstro, nunca tinha tocado em ninguém, foi uma situação de momento, por fatos que vou esclarecer depois, mas que não justificam o ato”, disparou Jean sobre o caso, segundo informações do GloboEsporte.
Ele não entrou em detalhes, mas completou afirmando que ainda irá contar sua versão sobre o que o levou a agredir Milena.
“Toda história tem dois lados, mas nada justifica a agressão. Fiquei totalmente errado. Não estou dizendo que pela história ter dois lados eu estou certo em agredir. Foi uma reação que eu tive. Nunca tinha agredido ninguém. Quem me conhece há mais tempo sabe de toda a minha história e se surpreendeu com o que aconteceu. Mas tem coisas que eu só vou poder falar em breve”, disse ele.
Cabe lembrar que, após a suposta agressão, o São Paulo decidiu suspender o contrato de Jean. O goleiro, então, chega ao Atlético-GO por empréstimo.
O atleta também falou sobre o contato com as filhas: “Elas vieram para Goiânia junto com minha ex-esposa. Tenho contato com elas, sim. Trouxe elas para Goiânia. Mas agora começaram as aulas e elas não podem vir. Quando eu tiver uma folga, vou para Salvador. Amo minhas filhas, e o mais difícil está sendo ficar longe delas. Até trouxe dois brinquedos que elas gostavam de usar. Ameniza um pouco a saudade. O mais difícil é não ter esse contato no dia a dia”.
Ele ainda contou que chegou a pensar em parar de jogar. “Pensei em parar de jogar num momento em que estava sendo atacado de todos os lados. Pessoas me xingando e me julgando em tom muito agressivo, ameaçando até de morte. Pensei, sim, em parar de jogar, sofri bastante, estou sofrendo. Jogar futebol é a única coisa que sei fazer. Se eu fosse sozinho, teria parado de jogar. Mas eu tenho minhas filhas, tenho que cuidar delas, por isso, não parei de jogar”, comentou.