“Hoje a #VazaJato mostra que a Operação Lava Jato não existe sem uma imprensa dócil, instrumento fundamental para seus discutíveis e condenáveis métodos. Hoje apareceu um diálogo com o @Estadao. Imaginem o que não há com a @RedeGlobo! Se eu pudesse lhes adiantar tudo que eu sei…”, escreve, em tom de suspense, o jurista.
Segundo Goldenberg, o site The Intercept – que chegou a oferecer uma parceria com a Globo no caso, mas foi ignorado – deve aprofundar as relações espúrias dos veículos da família Marinho com os investigadores da Lava Jato – e todo processo que resultou no golpe parlamentar de Dilma Rousseff e na prisão de Lula.
“E não vai ficar só nisso, não. Muitos veículos de imprensa, durante todos esses anos, fuçaram, como ratos, vazamentos fornecidos pelo @MPF_PGR. Agiram como mendigos, como andrajos, implorando uma migalha que os membros da Operação Lava Jato nunca lhes negou. Fiquem ligados!”.
Hoje a #VazaJato mostra que a Operação Lava Jato não existe sem uma imprensa dócil, instrumento fundamental para seus discutíveis e condenáveis métodos. Hoje apareceu um diálogo com o @Estadao. Imaginem o que não há com a @RedeGlobo! Se eu pudesse lhes adiantar tudo que eu sei...— Edu Goldenberg (@edugoldenberg) August 29, 2019
As conversas divulgadas mostram a delação sigilosa do doleiro Adir Assad, onde ele revela o esquema de lavagem de dinheiro para o SBT e o Grupo Silvio Santos. Mesmo com a delação homologada pela Justiça em 2017, as denúncias não geraram nenhum processo de investigação sobre as empresas do apresentador, apoiador confesso do clã Bolsonaro no poder.
A outra reportagem, divulgada no próprio The Intercept, revela o esquema criminoso de Deltan Dallagnol e procuradores da Lava Jato de vazar informações seletivas para determinados setores da mídia com a finalidade de pressionar suspeitos e manipular delações.
O esquema deve atingir em cheio a Globo nos próximos dias. A emissora e os jornais e rádios do grupo foram durante muito tempo privilegiado com informações da Lava Jato, com informações sobre operações que seriam desencadeadas – chegando aos locais antes mesmo da Polícia Federal – para fazer o “show” midiático, além de divulgar áudios e informações contra “inimigos” da força-tarefa, como os grampos ilegais de conversas da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) com o ex-presidente Lula (PT).